Com tensões na Ucrânia, ouro e dólar sobem

Após o anúncio de invasão na Ucrânia nessa quinta-feira, 24 de fevereiro, houve várias repercussões no mercado financeiro.

O metal amarelo que não via uma alta desde o início de 2021, chegou a atingir US$ 1925,6 a onça troy, nos maiores valores desde o início de janeiro de 2021.

O dólar também teve uma nova alta, cujo índice DXY chegou a 97,55 pontos no dia de hoje (atingiu 97,42 às 13 horas dessa quinta, horário de Brasília).

Já a moeda russa, o rublo russo, sofreu uma baixa histórica: 87,35 rublos por dólar, o maior valor já registrado na série histórica. No acumulado do ano, o rublo já desvalorizou em aproximadamente 14,65 %, com desempenho pior do que gourde haitiano.

Apesar de ter também sofrido, a grívnia ucraniana desvalorizou menos no acumulado do ano, com queda de aproximados – 6,74 %.

Em momentos de grande incerteza, o refúgio acaba sendo o dólar americano, o que faz com que o seu valor aumente, o que é também uma explicação para a desvalorização do euro.

Apesar da desvalorização do real ante o dólar, a moeda brasileira continua com um bom desempenho ante as moedas do mundo.

Mesmo que hoje o governo russo esteja mais bem preparado contra as sanções (como o fato de o banco central russo ter aumentado as suas reservas de ouro), as sanções acabam que afetando inúmeros ativos e investimentos denominados em moeda local, o que faz com que a sua demanda despenque, pressionando a taxa cambial.

Dessa forma, a forte desvalorização do rublo deverá pressionar a inflação de preços no país, que continua em alta (8,73 % em janeiro desse ano, valores anuais), podendo forçar uma alta ainda maior nas taxas de juros, como ocorreu após 2014.