Risco-país brasileiro chega a quase 300 pontos base
O chamado CDS (Credit Default Swap) subiu 41,17 % apenas no acumulado desse ano de 2022.

Tal mensurador funciona como uma espécie de seguro contra calotes na dívida externa: quanto maior a pontuação, maior o risco de calote. Os atuais valores estão nas máximas desde meados de 25 de maio de 2020.
Como fatores para a alta, destacam-se os riscos fiscais ante incertezas eleitorais (ante a PEC que amplia benefícios sociais fora do teto fiscal) e a aversão mundial ao risco, já que a procura pelos chamados Treasuries aumentou, tanto por temores de recessão global quanto pela minuta do comitê de política monetária do Federal Reserve indicando posturas falconistas, o que pressionou o índice DXY, tendo atingido 107 pontos nos últimos dias, uma alta de quase 20 anos.
Apesar da alta no Brasil, podemos ver um comportamento similar em emergentes como o México, que possui um comportamento fiscal mais austero e está em um ano não-eleitoral.

O país hoje está com um CDS de 182,87 pontos.
Para os peruanos, o risco foi registrado em 233 pontos-base (em dados da última semana de junho). Na Argentina, o risco registrado fora de 2.654 pontos-base (no dia 6 de julho).
Devido à carência de dados sobre os países latino-americanos vizinhos, não foi possível fazer uma comparação precisa e se espera que a metodologia utilizada seja a mesma para os dados compilados.
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